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terça-feira, 29 de junho de 2010

Eólicas domésticas ajudam a diminuir conta de eletricidade


Fonte: Bruno Abreu – Diário de Notícias


Foto: Divulgação
Pode correr apenas uma leve brisa ou um vento mais forte, mas uma coisa é certa: é possível aproveitá-los para produzir energia. As eólicas domésticas estão cada vez mais eficientes e mostram-se uma boa solução para poupar. São excelentes para complementar as falhas dos painéis solares, gerando electricidade. E ainda podem tornar-se boa fonte de receita.
São silenciosos, eficientes, mesmo com pouco vento, e até o primeiro- -ministro José Sócrates tem um na residência de São Bento. São os aerogeradores (ou eólicas) domésticos que, dependendo da força do vento, podem fazer com que nunca mais gaste dinheiro em electricidade na sua casa.
"São menores, mas têm a eficiência energética das grandes eólicas", explica ao DN Ana Estanqueiro, directora do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG - antigo INETI, Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação), que desenvolveu o aerogerador doméstico português: o Turban.
O modo de funcionamento destes aparelhos é simples: A energia do vento faz girar as pás da turbina que por sua vez fazem rodar um eixo. Este eixo põe em funcionamento o gerador, onde campos magnéticos convertem a energia rotacional em electricidade.
Mas nem todos os locais são bons para colocar uma eólicadoméstica: "Se viver fora de Lisboa ou Porto, grande centros habitacionais, deve optar pelo modelo horizontal. Se morar em grandes cidades, o vertical será o mais adequado", explica a directora do LNEG. Na cidade, a variação da direcção do vento é muito
elevada devido à dimensão dos edifícios e dos inúmeros obstáculos. Isto faz com que o modelo vertical ["aquele que parece uma batedeira"] seja mais adequado, pois, apesar de ser menos eficiente, lida melhor com estas variações. Fora das cidades, o vento corre livremente e os aerogeradores horizontais ["semelhantes
às ventoinhas"] aproveitam melhor a sua força.
"Portugal é um dos países com legalização relativa à microprodução doméstica. Se o preço dos aerogeradores forem acessíveis, as famílias podem tornar-se produtoras de electricidade e, dependendo da eficiência do vento, podem nunca mais pagar nenhuma conta de electricidade", explica Ana Estanqueiro.
Mas quanto custa, afinal, um aparelho destes? O Turban, que ainda não está à venda - Ana Estanqueiro diz que existem cinco empresas interessadas no projecto do LNEG que o deverão comercializar em 2010 - tem um preço de protótipo de 7 mil euros, com uma potência de 2,5 kilowatts.
José Fernandes, da empresa Renováveis Minho diz que o aerogerador mais barato que vende custa mil euros e tem uma potência de 200 watts. Alerta ainda para a localização dos mesmos: "Deve ser colocado a altitudes superiores a 800 metros, onde a média de ventos é superior. Também convém não ter obstáculos como árvores à frente", sublinha.
Quem não parece descontente com o seu aerogerador é José Sócrates: "Colocamos um Turban no jardim da casa de São Bento [em Novembro de 2007] e até agora tem funcionado sem problemas", conta Ana Estanqueiro. "Como este projecto foi financiado pela Agência de Inovação, o primeiro-ministro quis instalar um na sua habitação", acrescenta. Segundo os cálculos do LNEG, o Turban tem uma eficiência que faz com que fique pago, na pior das hipóteses e com uma instalação em local correcto, em seis a sete anos. Se a sua zona for ventosa, então este período pode baixar para quatro anos.
Outra forma de rentabilizar o investimento, mesmo em dias sem vento, é instalar uma sistema híbrido, eólica mais solar. "Assim aproveita o sol mais próprio do Verão e no Inverno a energia passa a ser recolhida apenas pelo vento. "As zona de Trás-os-Montes, costa alentejana, oeste e algarvia são as melhores zonas para híbridos", conclui.
fonte - www.ventosdaesperanca.com.br

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